Entre os principais clubes da ‘ilha da fantasia do mestre Tattoo’, nenhum dá tanta solidez ao ‘professor’ quanto o Flamengo.

Desde 2003, o ninho do urubu vive uma minguada troca de treinadores. Jorginho, o amigo de fé e irmão camarada do mestre Dunga, será apenas o 24º. Um recorde entre os principais times do país.

Jorginho, 48 anos, receberá R$ 250 mil por mês, um terço do que Dorival Júnior ganhava. No início deste ano, fez reciclagem em clubes da Espanha, como Real Madrid e Barcelona. Seu último time foi o Kashima Antlers, do Japão.

O troca-troca no ninho do urubu:
2003: Evaristo de Macedo, Nelsinho Baptista e Waldemar Lemos
2004: Abel Braga, PC Gusmão e Ricardo Gomes
2005: Júlio César Leal, Cuca, Celso Roth, Andrade e Joel Santana
2006: Valdir Espinosa, Waldemar Lemos e Ney Franco
2007: Ney Franco e Joel Santana
2008: Joel Santana e Caio Júnior
2009: Cuca e Andrade
2010: Andrade, Rogério Lourenço, Silas e ‘pofexô’ Luxemburgo
2011: ‘pofexô’ Luxemburgo
2012: ‘pofexô’ Luxemburgo, Joel e Dorival Júnior
2013: Dorival Júnior e Jorginho

Por falar em estabilidade no emprego... Preocupados com a dança das cadeiras, Felipão, Parreira e outros ‘professores’ discutem a fundação do quinto sindicato estadual no país.

Se isso acontecer, eles poderiam partir para a criação de uma federação nacional que permitisse abrigar todos os treinadores do Brasil.

Em recente reunião, debateram um código de ética para a profissão. Querem, por exemplo, extirpar os agentes muy amigos que oferecem o trabalho de um profissional antes mesmo de o técnico levar um bico nos fundilhos.
                                                            ##########
Tico e Teco. Nada contra, ao contrário. Mas não deixa de ser quiçá interessante e, por que não dizer, um exemplo de equilíbrio de forças. Em 12 jogos pelo Paulistinha, Carioquinha, Gauchinho e Mineirinho, os chamados grandes ganharam somente nove. Perderam dois (Vasco e Flamengo) e empataram um (Palmeiras). Dos 36 pontos em disputa, beliscaram apenas 28.

Sugismundo Freud. Vale qualquer esforço para se pensar melhor.

Zapping. O ibope da plim-plim desabou com São Caetano x Palmeiras, pela interminável fase de classificação do Paulistinha. O modorrento empate cravou 13 pontos na grande Pauliceia entregue ao faroeste, só três a mais que Guarani x São Paulo, sábado de carnaval, a pior audiência do ano. Há uma semana, Tricolor x Palmeiras amealhou 16 pontos. Já o GP da Austrália de F-1 conseguiu cinco pontos na madrugada de domingo, enquanto a estreia de ‘The Ultimate Fighter’ obteve 10. Na Band, o confronto do ABC rendeu quatro.

Twitface. Depois de 63 anos do Maracanazo, o Vaticanazo: derrota de dom Odilo Scherer para o papa Francisco.

Pica-Pau. O carismático Zé da Medalha e o primeiro-ministro Del Nero respiram mais tranquilos. O pedido do deputado-pitbull Romário para uma CPI do Circo Brasileiro de Futebol pode demorar um bom tempo para tornar-se realidade. É que ocupa apenas a nona posição na fila. A bancada da bola e a mídia chapa-branca sonham até com a possibilidade de não sair da gaveta.

Dona Fifi. Ganso não joga por que está mal, ou está mal por que não joga?

Muy good. Apesar das vaias da torcida, o diretor remunerado José Carlos Brunoro aposta no sucesso dos periquitos em revista. Acredita ter um argumento infalível para rebater as críticas: outras equipes fizeram investimentos milionários e estão jogando a mesma coisa que o Palmeiras. Chama a Val!

Gilete press. De Jorge Nicola, no ‘Diário de S. Paulo’: “Ganhou força no Morumbi a ideia de o São Paulo entrar com time reserva no clássico contra o Corinthians, em 31 de março, pelo Paulistão. Tudo porque o Tricolor estuda embarcar com muita antecedência para La Paz, onde enfrenta o Strongest no dia 4. O Atlético/MG adotou essa estratégia e venceu na altitude.” Ano passado, na última rodada do Brasileirão, o time B do São Paulo meteu 3 a 1 no coirmão.

De chaleira. Falta pouco para o fundo do poço: o goleiro Renan, do Guarani, usou meião da Ferroviária de Araraquara, contra o Peixe, por falta de material. A Lupo trocou as bolas na entrega do enxoval.

Tititi d’Aline. Em 2005, quando iniciou a carreira de treinador, Jorginho provocou o maior auê no Ameriquinha ao sugerir a troca do diabo pela águia. A ideia entrou para o rico folclore da pátria de chuteiras. Agora, os coirmãos apostam que Jorginho tentará substituir o urubu pelo cisne.

Você sabia que... o moleque Neymar é o quinto jogador que mais fatura no planeta bola, com 20 milhões de euros por ano, 16 milhões a menos que o inglês David Beckham, o líder dos coitados?

Bola de ouro. Réver. Um show na goleada do Galo bom de bico sobre o Coelho. Não é todo dia que um zagueiro marca três gols.

Bola de latão. Daniel Alves. Uma lição de mau gosto na apresentação da amarelinha desbotada. Cabelo descolorido, óculos para lá de extravagantes, camisa rosa cheia de brilho, gravata e paletó. Falcão, o cantor, que se cuide.

Bola de lixo. Paulistinha. Não começa nunca. A torcida já não aguenta mais a pré-temporada com ingresso pago da FPF.

Bola sete. “Sou um vencedor e vim para cá porque quero ser um grande vencedor" (do ‘professor’ Jorginho, no ninho do urubu – a conferir).

Dúvida pertinente. O soberano São Paulo vive processo de ‘corintianização’ e o ‘bando de loucos’ de ‘são-paulinização’?

O que você achou?
jose.r.malia@espn.com